Antigos artesãos das nossas aldeias

Nas aldeias por onde passei especialmente na região que compõe a nossa Beira Interior, antigamente existiram várias profissões que foram desaparecendo ao longo do tempo, mas tive ainda a oportunudade de ver e conversar com muitos dos verdadeiros artesãos que fizerm diso o seu ganha pão
                                                            O FERREIRO
É assim que eu via o Ferreiro, aliás com quem lidei alguns anos  o meu tio era ferreiro e eu ajudava na forja e ia ajudar a vender peças fabricadas a outras terras vizinhas
O ferreiro é uma pessoa que cria objetos de ferro ou aço por "forjar" o metal, ou seja, através da utilização de ferramentas como fole, bigorna, martelo, dobra e corta, e de outra forma moldá-la na sua forma não-líquida.

Geralmente o metal é aquecido até que brilhe vermelho ou laranja, como parte do processo de forjamento. Ferreiros produzem coisas como portões de ferro forjado, grelhadores, grades, lustres, luminárias, mobiliário, esculturas, ferramentas, implementos agrícolas, religiosos e objectos decorativos, utensílios de cozinha, e armas.
Várias religiões antigas possuíam deuses dos ferreiros. Na mitologia grega, Hefesto era considerado o primeiro a trabalhar com ferro

História
Acredita-se que a profissão de ferreiro exista deste quando o homem aprendeu a manipular e moldar os metais (em torno de 2000 a.C.), sem grandes distinções até os tempos atuais.
Durante a idade média era comum a imagem do ferreiro da aldeia, responsável por praticamente toda a metalurgia do feudo ou povoado. Sendo que muitas vezes, nestes tempos, o ferreiro se tornara sinônimo de forjador de armas, já que era função dele fabricar as armas (espadas, lanças, machados, etc) utilizados pelos soldados da época.

Com a revolução industrial, a partir do século XVII, o oficio de ferreiro foi gradualmente sendo substituído pelas indústrias metalúrgicas, sendo que a profissão sobrevive até hoje apenas em regiões menos desenvolvidas e/ou para a forja de objetos com finalidade principalmente decorativa.
Também é conhecido como o homem dos metais pois ele trabalha principalmente com os metais apesar de trabalhar com outros materiais como o barro e a mirra.


                                                                   O SAPATEIRO



O sapateiro é uma das profissões antigas que conseguiram evoluir com os tempos, apesar de muitos terem desaparecido com o alargamento da indústria do calçado e a compra dos sapatos no sistema de pronto a vestir.

 Assim, o sapateiro actualmente deixou de ter a função de fabricar o calçado mantendo-se somente como reparador de sapatos e botas em pequenas oficinas

                                                                     O BARBEIRO


O exercício do ofício de Barbeiro remonta à Antiguidade. Nesta época o Barbeiro era, simultaneamente, médico, cirurgião, dentista, cabeleireiro, quer de homens quer de mulheres, e amolador. Eram actividades que garantiam a independência económica e a consideração social de quem as exercia
Ainda existem hoje mais com nomes mais pomposos como cabeleireiros

                                                             O ALMOCREVE


Hoje completamente extinta, esta foi uma profissão muito comum nas Beiras e era quase diariamente que o víamos a calcorrear a serra pois nessa época de comunicações limitadas, os almocreves eram essenciais como agentes de comunicação intercomunitária (além de serem indispensáveis ao abastecimento de bens às vilas e cidades). De entre as rotas de abastecimento mais importantes, destaque para as que levavam os almocreves a transportar peixe do litoral para o interior e, no sentido inverso, cereais. Não confundir almocreves com mercadores, pois que na maior parte das vezes os bens que transportavam não eram propriedade sua, embora fosse comum um almocreve ser também mercador.

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